Botafogo conquista o título da Libertadores de forma imponente sobre o Atlético-MG e cala os críticos que duvidavam de sua força.
Após 29 anos de espera, o torcedor botafoguense finalmente pôde soltar o grito de “É campeão!” que estava preso na garganta, comemorando a tão sonhada conquista da glória eterna pela primeira vez na história do clube. Além do título continental, o Glorioso reassumiu a liderança do Campeonato Brasileiro ao vencer o Palmeiras por 3 a 1, em pleno Allianz Parque, afastando de vez as narrativas da mídia que questionavam a força mental do elenco alvinegro.
Nas semanas que antecederam os dois jogos mais importantes do ano e da história recente do Botafogo — a final da Libertadores e o confronto contra o então líder Palmeiras —, General Severiano viveu um período de turbulência e desconfiança. Parecia que o pesadelo de 2023 voltaria para assombrar os torcedores. A semana do jogo contra o Palmeiras foi marcada por manchetes e debates em programas esportivos sobre a questão psicológica do elenco. No entanto, o fogão mostrou sua força, venceu fora de casa o time paulista e afastou toda a desconfiança, colocando uma mão na taça do Brasileirão e ganhando ainda mais confiança para a final continental que aconteceria no sábado.
A vitória no Campeonato Brasileiro aumentou o favoritismo do clube da zona sul carioca em relação ao Atlético-MG, seu adversário na decisão da Libertadores. Dias antes da final, um confronto pelo Brasileirão, que terminou em 0x0, adicionou ainda mais tensão ao duelo, com provocações entre Hulk e Marlon Freitas, após Luiz Henrique supostamente ter chamado o time mineiro de “uma merda”.
Na final, o rumo da partida mudou drasticamente quando Gregore, com menos de dois minutos de jogo, cometeu uma falta violenta em Fausto Vera e foi expulso, deixando o alvinegro carioca com 10 jogadores praticamente o jogo inteiro. Nesse momento, certamente um filme passou na cabeça dos torcedores cariocas, temerosos de que o roteiro de tragédias pudesse se repetir. Mas, como em um conto perfeito na semana de exorcizar fantasmas, o Botafogo exorcizou a narrativa de falta de foco, e demonstrou resiliência e força para se manter no jogo e, com autoridade, venceu por 3 a 1, conquistando pela primeira vez o maior título do futebol sul-americano.
Essa vitória consagra o Botafogo como uma das maiores forças do futebol atual, coroando um ano histórico que ficará para sempre na memória de sua apaixonada torcida. Além de superar adversários, o Glorioso superou também as dúvidas e críticas, mostrando que a combinação de planejamento, talento e mentalidade forte pode levar um clube a alcançar feitos grandiosos. É o início de uma nova era para o Glorioso.