O que aconteceu com a esperança da geração brasileira de futebol, ganância, azar ou outros fatores?
Mais um capítulo foi adicionado à história de Neymar Jr. e o clube Al-Hilal. No dia 16 de janeiro de 2025, parece que definitivamente as portas se fecharam para o craque brasileiro. Em coletiva de imprensa após a goleada de 9 a 0 sobre o Al-Fateh, o técnico português Jorge Jesus, com quem a relação parece ter se desgastado, afirmou que o clube não pretende inscrever o brasileiro na liga nacional e, com um tom de despedida, sugeriu ao jogador que busque novos ares.
De acordo com o regulamento da Liga Nacional, os times podem inscrever apenas dez jogadores não asiáticos em seus elencos, sendo que dois desses dez devem ser, obrigatoriamente, nascidos até 2003. Como Neymar está lesionado há quase 15 meses, o clube optou por não inscrevê-lo para não perder uma vaga com um atleta fora de condições.
Agora, chega talvez a notícia que mais assusta os fãs mais assíduos do jogador: o interesse da MLS, mais precisamente do clube Chicago Fire. Como pode alguém que, há dois anos, se transferia para um clube árabe (já contrariando a opinião popular), saindo de um Paris Saint-Germain como um craque injustiçado em meio ao poderio dado ao francês Kylian Mbappé e ao seu suposto pedido de saída do brasileiro, agora se ver sem jogar direito há mais de 15 meses e, aparentemente, querer se esconder novamente, só que agora em um futebol ainda menos competitivo? O que está acontecendo com Neymar?
Eu, que vos escrevo, posso falar também sobre a possibilidade de sua volta à Baixada Santista, algo que desejo muito, mas acredito que seja aquele 1% “vagabundo” nas probabilidades. Alguns pontos que podemos citar como benéficos para seu retorno ao Brasil seriam a possibilidade, após dois anos, de finalmente jogar em um futebol ‘pegado’. Talvez, em nível técnico, o campeonato árabe seja superior ao campeonato brasileiro, embora eu duvide muito disso, mas, sem dúvida, seria melhor que a MLS.
O Chicago Fire seria a última pá de cal para definir o fim da carreira de Neymar Jr. O craque, que gosta de mostrar em entrevistas e publicações seu desejo de jogar sua última Copa do Mundo em 2026, não seria interessante fugir do conforto e do dinheiro oferecido nos Estados Unidos e tentar manter um bom físico em um futebol que exige tanto fisicamente, como o brasileiro?
Talvez essa próxima Copa do Mundo seja a que o brasileiro menos se iluda com chances de título, mas afirmo que, se Neymar estiver pelo menos bem fisicamente, a esperança vai aumentar, nem que seja minimamente. Agora, é torcer para ele não enterrar de vez seu futebol na fraquíssima Major League Soccer.
